Agora que te tenho em mim...
Os dentes roçando o meu pescoço…
As garras travando a minha pele…
Quem poderia quebrar este feitiço que eu por nada quereria ver quebrado?
Solta o teu peso inteiro sobre mim – meu leão!
Assim – pertinho – até que o coração me pare para ouvir o teu
E os olhos se me fechem no silêncio
Só um segundo.
Para quê o tudo de tudo?
Para quê o nada de nada?
Se é tão certo que me tens!
Se é tão certo que sou tua!
Para quê outros lugares que não agora?
Agora. Agora.
Agora que acabas de me lamber da boca este segundo…
E que o meu corpo parado ainda treme…
Abre a torneira do tempo... e deixa correr…
Maio/2006
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